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Painel abre a programação desta terça-feira, 18, do Mídia Cidadã

O segundo dia da XI Conferência Brasileira de Mídia Cidadã começou com painel às 9h, no auditório do Cemuni IV, com o tema "Mídias e Cidadania". A professora da Universidade Metodista de São Paulo Cicilia Peruzzo, o pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros da UFMG Venício Lima e o professor da UnB, via skype, Fernando Paulino, foram os palestrantes. A mediação do debate foi realizada pela professora da Ufes Nazareth Pirola. 

Venicio Lima iniciou os trabalhos mostrando a sua preocupação para com o contexto político que o Brasil vive: “Manifesto a minha preocupação pelo momento que estamos atravessando no país e vejo com apreensão os rumos que estamos tomando”, afirmou.  Após esse registro, debateu conceitos como cidadania e o neoliberalismo. Ele criticou a vinculação da mídia brasileira à defesa do neoliberalismo e deixou alguns pontos para a reflexão da plateia: “Mídia e política são campos que não podem ser analisados isoladamente. Devemos também ficar atentos à relação entre religião e capitalismo”, provocou o professor. Ao final de sua fala afirmou que “Não existirá democracia plena no Brasil se não ocorrer a regulamentação da comunicação”. Citando Paulo Freire, enfatizou o significado da cidadania: “Ser cidadão passa pela participação popular, pela voz. Quando eu digo voz não é abrir a boca e falar, é o direito de perguntar. Ter voz é ter presença crítica na história”, concluiu Lima.

A professora Cicilia Peruzzo trouxe ao debate o pensamento nos direitos comunicacionais vinculados à cidadania. Para ela, os princípios da cidadania são a liberdade e a igualdade, porém “a desigualdade é gritante na sociedade e a liberdade muitas vezes é cerceada”, ressaltou. A professora também refletiu sobre a questão das defensorias públicas ou auditorias da audiência, que poderiam receber denúncias e reclamações daqueles que sentem feridos seus direitos em relação à comunicação e às mídias: “Seria um avanço”, explicou Cicilia, citando o exemplo da Argentina, que, segundo ela, tem uma atuação das defensorias mais avançadas nesse sentido. Nesse sentido, ela explicou que é preciso considerar a dimensão do público, dos receptores: “A mídia os respeita? As informações transmitidas são de qualidade? São de interesse público?”, questionou a pesquisadora.

Fernando Paulino discutiu questões associadas à comunicação pública, assim como a importância das discussões de comunicação e cidadania dentro das escolas de ensino fundamental e médio. Complementando a fala da professora Cicilia, para além das defensorias, o professor defendeu que é preciso debater o uso da tecnologia para a promoção da transparência e as possibilidades trazidas pelas telas móveis, tanto para o compartilhamento de informações como para a produção de conteúdos. Após as falas, o público presente participou por meio de perguntas direcionadas aos convidados.

Mídia Cidadã 2016

A programação do Mídia Cidadã 2016 continua com a apresentação de trabalhos, das 14h às 18h, nas salas 201, 202, 203 e 204 do prédio Multimeios, e a mesa coordenada “Jornalismo alternativo na era digital: percurso de investigação”, no auditório do Centro de Artes. Clique aqui para conferir a programação completa e acompanhe a página no facebook: https://www.facebook.com/midiacidada2016

 

Texto: Thaísa Côrtes, Artur Meireles e Matheus Galvão.

Fotos: Camilla Emanuelle Pereira e Robson Ferreira

Edição: Ana Paula Vieira

 

 

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